Josh Wander, 44 anos, cofundador da empresa de investimentos 777 Partners, foi acusado pela Promotoria Federal de Manhattan de enganar credores e investidores em mais de US$ 500 milhões (cerca de £372 milhões).
Segundo a acusação, Wander teria apresentado documentos bancários falsos e usado ativos que não pertenciam ao grupo para obter recursos no mercado financeiro. As autoridades afirmam que o executivo criou “uma ilusão de estabilidade” para sustentar o negócio.
Acusações e penas
O norte-americano responde por um total de quatro crimes:
• Conspiração para cometer fraude eletrônica (máximo de 20 anos de prisão)
• Fraude eletrônica (máximo de 20 anos)
• Fraude em valores mobiliários (máximo de 20 anos)
• Conspiração para cometer fraude em valores mobiliários (máximo de 5 anos)
Para o procurador dos EUA Jay Clayton, Wander “enganou credores privados ao oferecer garantias inexistentes e deturpar a situação financeira da 777”. O agente especial Ricky J. Patel classificou o esquema como um “castelo de cartas construído ao longo de anos”.
Investimentos e tentativa de comprar o Everton
De acordo com os investigadores, a partir de 2018 o executivo passou a direcionar capital da 777 Partners para setores de retorno incerto, como plataformas de streaming, companhias aéreas e clubes de futebol, entre eles Sevilla FC e Genoa CFC. O grupo, baseado em Miami, também tentou adquirir o Everton, da Premier League, mas o acordo foi cancelado em junho de 2024. Posteriormente, em dezembro do mesmo ano, o clube inglês foi comprado pelo Friedkin Group.
Imagem: bbc.com
Defesa nega irregularidades
O advogado de Wander, Jordan Estes, negou todas as acusações. Em declaração à Bloomberg, o defensor afirmou que o caso “é uma disputa comercial apresentada como processo criminal” e disse esperar “esclarecer os fatos”.
Até o momento, não há informações sobre audiência inicial ou eventual fiança.
Com informações de BBC Sport