Um levantamento feito após 11 rodadas da Premier League 2025-26 mostra como lesões, trocas de treinador e erros confirmados do VAR têm influenciado o rendimento dos clubes. O recorte analisa três frentes: a quantidade de desfalques dos adversários, o impacto de mudanças no comando técnico e as falhas reconhecidas pelo painel de incidentes-chave (KMI).
Lesões
Favorecidos por enfrentar rivais desfalcados
Liverpool abriu o campeonato com cinco vitórias seguidas. Nesse período, pegou o Bournemouth sem boa parte do meio-campo, superou o Arsenal que não contava com Bukayo Saka, Martin Ødegaard e perdeu William Saliba logo aos 5 minutos, e ainda encarou o Chelsea sem Cole Palmer.
Nottingham Forest, mesmo na 19ª posição, também se beneficiou. Venceu o Brentford sem Mikkel Damsgaard, enfrentou um Arsenal desfalcado de Saka e Ødegaard e, depois da Data Fifa de outubro, encontrou o Chelsea sem Palmer e Enzo Fernández, além de Moisés Caicedo ainda em recuperação. Ainda assim, perdeu por 3 a 0.
Mais castigados por contusões
Arsenal lidera a tabela apesar das ausências recorrentes. Saka, Ødegaard e Saliba ficaram fora ou atuaram limitados contra Liverpool, Manchester City e Crystal Palace. Antes da pausa de novembro, Mikel Arteta ainda foi a Sunderland sem centroavante de origem: Viktor Gyökeres, Kai Havertz e Gabriel Jesus estavam no departamento médico.
Fulham perdeu cinco dos últimos seis compromissos. Marco Silva chegou a ficar sem atacantes — Raúl Jiménez e Rodrigo Muniz — e viu a defesa desfalcada de Antonee Robinson e Joachim Andersen. No revés por 1 a 0 para o Arsenal, nem a zaga titular nem o volante Saša Lukić terminaram em campo.
Chelsea conviveu com baixa de peças centrais. Cole Palmer ficou fora de oito duelos, Romeo Lavia de sete, e Dário Essugo passou por cirurgia na coxa. Ao fim da vitória por 2 a 1 sobre o Liverpool, só um zagueiro estava apto: Levi Colwill. Wesley Fofana, Tosin Adarabioyo, Trevoh Chalobah, Josh Acheampong e Benoît Badiashile estavam lesionados.
Mudanças de treinador
Quatro alterações ocorreram até agora: duas no Nottingham Forest, uma no West Ham e uma no Wolves (que ainda não estreou com Rob Edwards).
Clubes que pegaram adversários em crise
Arsenal goleou o Forest por 3 a 0 logo depois da demissão de Nuno Espírito Santo e da chegada de Ange Postecoglou, período de instabilidade que abalou elenco e torcida de Nottingham.
Imagem: espn.com
Bournemouth também encontrou o Forest fragilizado. Apenas 39 dias após a contratação de Postecoglou, o clube o demitiu e trouxe Sean Dyche. Na estreia do novo técnico, derrota por 2 a 0 diante dos Cherries.
Prejudicado pelo ‘efeito técnico novo’
Everton recebeu o West Ham recém-assumido por Nuno Espírito Santo e, mesmo dominando partes do jogo, acabou apenas no empate. Foi o primeiro ponto dos Hammers em um mês.
Erros confirmados do VAR
O KMI apontou seis falhas até aqui, sempre com um beneficiado e um prejudicado por partida.
- Bournemouth (beneficiado) x Liverpool (13’ – Senesi deveria ter sido expulso) – placar final 4 a 2 para os Reds.
- Chelsea (beneficiado) x Fulham (gol de Josh King anulado) – 2 a 0 para os Blues.
- Everton (beneficiado) x Wolves (pênalti em Hugo Bueno não marcado) – 3 a 2 para o Everton.
- Brentford (beneficiado) x Manchester United (Nathan Collins só advertido com amarelo) – 3 a 1 para os Bees.
- Chelsea (beneficiado) x Brighton (pênalti de Malo Gusto em Yankuba Minteh ignorado) – vitória do Brighton mesmo assim.
- Bournemouth (beneficiado) x Crystal Palace (Senesi escapou de vermelho por falta em Ismaïla Sarr) – empate em 3 a 3.
O balanço ajuda a entender oscilações de desempenho na parte inicial da temporada, evidenciando o peso de desfalques, instabilidade técnica e decisões de arbitragem.
Com informações de ESPN