O Chelsea estabeleceu no domingo (data não especificada no texto original) a maior sequência invicta da história da Women’s Super League, alcançando 34 partidas sem derrota. O feito, contudo, veio acompanhado de frustração: a equipe comandada por Sonia Bompastor ficou no 1 a 1 diante do lanterna Liverpool e completou duas rodadas consecutivas sem vitória, algo que não ocorria desde janeiro de 2022.
Queda de rendimento e tabela
Com o novo empate, as atuais hexacampeãs somam 21 pontos e ocupam a segunda colocação, três atrás do líder Manchester City. Antes do início da temporada, o supercomputador da Opta apontava 72,4% de probabilidade de título para o Chelsea; agora, esse número caiu para 50,84%. O City, por sua vez, saltou de 13,6% para 46,47%.
Defesa consistente, ataque menos eficiente
O sistema defensivo continua sólido: apenas cinco gols sofridos em nove jogos, melhor marca da liga e quatro a menos que qualquer concorrente. Mesmo assim, o gol do Liverpool foi considerado evitável. A capitã Millie Bright deixou o campo no intervalo depois de ser superada em velocidade por Beata Olsson, autora do gol adversário.
O problema está na produção ofensiva. Até esta mesma altura da campanha passada, o Chelsea havia marcado 30 vezes; na atual, são 16 gols. Nos primeiros nove compromissos de 2024/25, as Blues atingiram a marca de quatro ou mais tentos em quatro ocasiões. Na temporada em curso, isso ocorreu apenas uma vez, na vitória por 4 a 0 sobre o West Ham.
Muitas mudanças no time titular
Bompastor recorreu a 25 alterações na escalação inicial ao longo da WSL — número que supera em cinco o segundo clube que mais trocou jogadores. A necessidade de rodar o elenco ganhou força com as lesões de atacantes. Aggie Beaver-Jones começou como centroavante nas sete primeiras rodadas, mas se machucou em serviço pela seleção inglesa. Desde então, a posição foi ocupada por Catarina Macario, enquanto a contratação recorde Alyssa Thompson iniciou apenas duas vezes no campeonato.
Sam Kerr, recuperada de longa ausência, entrou como suplente em sete partidas. Lauren James também voltou recentemente, aumentando as opções, mas ainda sem garantir a consistência desejada.
Imagem: bbc.com
Visões de dentro e de fora
“Nossos padrões são mais altos do que mostramos hoje”, declarou Millie Bright à Sky Sports. A técnica Sonia Bompastor reforçou o discurso: “O desempenho não foi suficiente”. Nos estúdios, ex-jogadoras também apontaram fatores. Jen Beattie criticou a falta de sequência no time titular, comparação reforçada por Ellen White, que lembrou a necessidade de rotação diante do calendário apertado, mas alertou para a perda de ritmo.
Izzy Christiansen qualificou a atuação contra o Liverpool como “muito diferente do padrão Chelsea”, citando carência de oportunidades claras. Fara Williams destacou que, ao contrário de anos anteriores, rivais como o Manchester City estão capitalizando cada deslize das campeãs.
Com defesa ainda segura, mas ataque menos prolífico e escalações frequentemente modificadas, o Chelsea busca reencontrar o equilíbrio para retomar o controle da Women’s Super League.
Com informações de BBC Sport