Liga Profissional da Oceania começa em janeiro de 2026 com oito clubes de sete países

Josias Junior

A OFC Professional League, primeiro torneio totalmente profissional da Confederação de Futebol da Oceania (OFC), terá pontapé inicial em 17 de janeiro de 2026, no Eden Park, em Auckland (Nova Zelândia). A competição, apoiada pela FIFA, reunirá oito equipes de sete nações do Pacífico e se estenderá até o fim de maio.

Quem participa

Os clubes confirmados para a temporada inaugural são:

  • Auckland FC (Auckland, Nova Zelândia)
  • Bula FC (Fiji)
  • PNG Hekari (Papua-Nova Guiné)
  • Solomon Kings (Ilhas Salomão)
  • South Island United – antigo Christchurch United (Christchurch, Nova Zelândia)
  • South Melbourne (Austrália)
  • Tahiti United (Polinésia Francesa)
  • Vanuatu United (Vanuatu)

Formato de disputa

Cada equipe fará, no mínimo, 17 partidas. Na fase inicial, todos se enfrentam duas vezes em “circuitos” que serão sediados em Auckland, Port Moresby, Melbourne, Honiara, Lautoka e Suva. Em seguida, os quatro melhores formam o grupo “leaders” e os demais compõem o grupo “challengers”. Após novo turno, três clubes do grupo “leaders” avançam às semifinais; o quarto colocado encara o líder do grupo “challengers” em jogo único pela última vaga. Semifinais e final, igualmente em partida única, ocorrerão no Eden Park.

Vaga internacional

O campeão garantirá lugar na Copa Intercontinental da FIFA, e o desempenho agregado em ciclos de quatro anos definirá o representante da Oceania no novo Mundial de Clubes.

Investimento e financiamento

A OFC destinou US$ 40 milhões para subsidiar as quatro primeiras temporadas, quantia viabilizada com recursos da FIFA. Dirigentes também mencionam negociação para um aporte adicional de US$ 20 milhões da Saudi Tourism Authority, ainda sem confirmação pública.

Regras de elenco

Não haverá teto salarial. Cada time poderá inscrever três estrangeiros de países da OFC e outros três de qualquer parte do mundo. Casos já anunciados incluem o goleiro australiano Matt Acton e o defensor Hassan Ramazani no Vanuatu United, além de três brasileiros (Erick Joe, Kaûe Silva e Rafael Chaves) no PNG Hekari.

Recursos de arbitragem

Todos os estádios contarão com VAR. Árbitros da confederação treinam em um hub localizado em Auckland, sob supervisão do ex-oficial da Champions League Mihaly Fabian.

Transmissão

Os jogos serão exibidos globalmente e de forma gratuita na plataforma FIFA+, com produção em cinco câmeras e narração realizada in loco por profissionais de mídia locais.

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Imagem: espn.com

Casos especiais

Auckland FC, atual campeão da A-League Men, disputará simultaneamente as duas ligas. Para isso, poderá usar no máximo três atletas acima de 23 anos que estejam registrados na liga australiana, além de reforços específicos para o torneio oceânico.

South Melbourne, tradicional clube australiano eleito “Clube do Século” da Oceania em 2010, ingressa mesmo após a saída da Austrália da OFC em 2006. O time participará paralelamente da recém-criada segunda divisão australiana (Australian Championship), mas não terá direito a vagas internacionais pelo torneio oceânico.

Planos de expansão

A OFC pretende aumentar o número de participantes assim que garantir novos recursos, podendo chegar a uma configuração de conferências e recebendo candidatos de territórios como Samoa Americana, Ilhas Cook e Havaí (Estados Unidos). Segundo o secretário-geral Franck Castillo, a inclusão de um clube havaiano ajudaria a abrir mercado nos Estados Unidos.

Com oito fundadores e calendário de janeiro a maio, a liga marca o início do futebol profissional continental na Oceania e reforça o caminho regional para competições globais da FIFA.

Com informações de ESPN

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