21/03/2020

Clubes brasileiros devem aguentar no máximo três meses sem jogos

O futebol mundial está diante de uma provável crise financeira, principalmente no Brasil. O motivo é a paralisação de todos os campeonatos sem previsão de retorno por conta da pandemia de coronavírus.

Hoje na SporTV, o atual presidente do Bahia, Guilherme Bellintani, deu declarações sobre o futuro dos principais clubes brasileiros nos próximos dias.

Entre as perguntas dos entrevistadores, uma que chamou muito a atenção foi sobre o máximo em que os clubes aguentam sem atuações no campo.

A tendência é que grande parte dos patrocinadores deixe de investir nos clubes já no próximo mês. A exemplo, neste sábado, um deles já deixou o Flamengo em decorrência do surto.

Clubes que estão oferecendo estádios para ajudar no combate ao COVID-19.

Financeiro

Financeiramente, segundo Guilherme, há duas opções. Elas variam conforme a forma em que os clubes angariam suas receitas.

Se considerarmos que as TV’s irão manter os contratos, os patrocinadores não deixem os clubes, os torcedores não saiam da sociedade e que o campeonato não seja cancelado, apenas adiado, há quem aguente dois ou três meses.

Mas tem clube no Brasil que não aguenta 30 dias.

Guilherme disse que este é um momento bem apreensivo no Brasil e que é preciso união para criar algo para ajudar os clubes e o país superarem esta fase tão difícil.

É preciso criar modelos de contrato que beneficiem ambos. É preciso avaliar outros modelos de campeonato, onde mesmo que sejam feitos sacrifícios, os clubes não devem sofrer tanto. É preciso ajustar, pois é algo inesperado e que pegou de surpresa até clubes que se planejam.

Futuro do Bahia

Durante a entrevista para a SporTV, um dos assuntos foi o caso do Bahia. Para 2020 o faturamento era previsto em R$ 180 milhões de reais.

“O projeto era esse, mas a realidade é que dificilmente o faturamento chegue nestes 180 milhões de reais. O faturamento foi dobrado nos últimos dois anos e a expectativa é que haja crescimento ainda neste ano.

Se essa pandemia for algo rápido, apesar de aparentemente não ser, seria possível manter o orçamento. Mas isto não será exclusividade do Bahia, será algo que irá ocorrer em todos os clubes.