Quem – A União das Associações Europeias de Futebol (UEFA).
O que – Avalia opções para sediar as próximas finais da Champions League em meio à redução de cidades capazes de atender às exigências do evento, enquanto cresce a discussão sobre levar o jogo para fora da Europa, especialmente aos Estados Unidos.
Quando – Debate intensificado após 10 de novembro de 2025, data em que foram atualizados os cenários de candidatura para 2028 e 2029.
Onde – Europa e possíveis destinos internacionais como EUA, Oriente Médio ou outros mercados.
Por quê – Exigências de infraestrutura, capacidade mínima de 65 mil lugares, perímetro de segurança, rede de transporte, disponibilidade hoteleira e área para complexo de transmissão reduziram a lista de sedes consideradas “sem risco” a, no máximo, quatro: Londres, Madri, Munique e Barcelona.
Próximas finais já definidas ou em processo
• 2026 – Budapeste receberá a decisão no Puskás Aréna (67.100 lugares). A capital húngara será posta à prova por ter apenas um aeroporto e sistema de metrô antigo.
• 2027 – A UEFA retirou a final de Milão devido à falta de garantias sobre a condição do San Siro. O Estadio Metropolitano, em Madri, assumirá a vaga.
• 2028 – Apenas Munique apresentou candidatura, com a Allianz Arena.
• 2029 – Londres (Wembley) e Barcelona (novo Camp Nou) disputam a sede.
Cenário de escassez de opções
Entre 1993 e 2005, 12 cidades diferentes receberam 13 finais. Hoje, várias foram descartadas por problemas de estádio ou infraestrutura, casos de Viena, Amsterdã, Glasgow, Atenas, Lisboa, Manchester e Cardiff. Kiev, Moscou e São Petersburgo estão fora do mapa em razão do conflito envolvendo a Rússia e a Ucrânia, enquanto Paris enfrenta dúvidas após os incidentes de 2022.
Imagem: espn.com
Pressão comercial e resistência política
Charlie Stillitano, executivo de eventos esportivos nos EUA, afirmou à ESPN que uma final da Champions em solo norte-americano “seria um sucesso estrondoso” devido ao mercado estimado em até 100 milhões de torcedores com poder aquisitivo. O comissário da MLS, Don Garber, já classificou o país como “caixa eletrônico do futebol mundial”.
Apesar do apelo comercial, o presidente da UEFA, Aleksander Ceferin, declarou preferência por manter jogos de ligas nacionais em território de origem e, embora tenha admitido em 2023 que “é possível” levar a decisão para os EUA, não há plano concreto para curto prazo.
Infraestrutura de referência
• Wembley – 90 mil lugares, 161 camarotes, nove salões para 18 mil convidados e ligações com quatro aeroportos, é considerado o modelo ideal pela UEFA.
• Novo Camp Nou, Santiago Bernabéu e Metropolitano oferecem perfil similar ao de Wembley.
• Munique cumpre requisitos, mas com capacidade e rede hoteleira menores.
O dilema
Sem perspectivas de ampliação imediata da lista de cidades elegíveis, a entidade avalia ficar restrita ao rodízio entre Londres, Madri, Munique e Barcelona ou abrir caminho para estádios fora do continente. Por ora, a decisão segue em aberto.
Com informações de ESPN