Até o começo deste ano de 2020, o Barcelona tinha o título de “Clube mais rico do Mundo”. Ele tinha ultrapassado os 840 milhões de euros em receitas na temporada 2019/2020.
Para a temporada 2020/2021 o orçamento previsto seria de 1,047 bilhões de euros, sendo o primeiro clube a passar essa barreira. Porém a pandemia do novo coronavírus pode não só impedir esse recorde, como colocar a economia do clube em situação de risco.
Mas isso não será algo exclusivo do Barcelona, todos os clubes do mundo estão sujeitos a entrarem em colapso em suas economias. O presidente do Bahia ontem, em uma entrevista coletiva, chegou a dizer que os clubes brasileiros aguentam no máximo três meses de quarentena.
No caso do clube de maior receita do mundo, o Barça vê um grande desafio financeiro, com sérias dificuldades para contorná-la.
Na sexta (20/03), a diretoria fez uma videoconferência com a presença do presidente Josep Maria Bartomeu, onde foram discutidas ações para reduzir o impacto da crise nas atividades do Barcelona.
Primeiramente eles estiveram analisando qual será o tamanho do impacto. Entre as primeiras ações estará que os executivos deverão informar diariamente a evolução das contas.
Diversos cenários foram avaliados e algumas possíveis medidas foram colocaras na mesa com o objetivo de diminuir os impactos econômicos.
O orçamento deste ano seria destinado para a reforma do Camp Nou, o início do projeto “Espai Barça”, que visa a transformação das instalações do clube.
Outro projeto que contaria com os valores é o já inaugurado estádio Johan Cruyff. Ele é uma casa para o clube feminino e também a equipe sub-19 do Barcelona.
O Barcelona teve que encerrar as atividades do museu mais visitado da Catalunha. Todos os anos o museu recebia 1,5 milhão de pessoas e isso irá impactar em uma cifra de 1 milhão de euros por dia que o museu estiver fechado.
Todas as lojas do Camp Nou e Las Ramblas também não estão funcionando e isso deve comprometer a previsão de vendas de 23 milhões de euros para esta temporada.
Os valores dos salários de Messi e companhia tornam a folha salarial do Barcelona a mais alta do mundo.
Os gastos correspondem hoje a 66% de toda a arrecadação.
Uma atitude seria juntamente com a La Liga (elite do futebol espanhol) e a Associação de Clubes da Europa (ECA), que devem estudar uma medida em relação a uma possível redução de salários.
Os capitães de cada um dos elencos devem se reunir com a diretoria. Já há informações que alguns deles, inclusive Lionel Messi, estariam dispostos a aceitar uma redução de salários até que toda a situação no mundo se normalize.