AC Milan e Inter de Milão oficializaram nesta quarta-feira (5) a aquisição do estádio San Siro e da área adjacente junto à prefeitura da cidade. O negócio, avaliado em €197 milhões (US$ 226 milhões), remove o último obstáculo para a demolição da arena de 99 anos e a construção de um novo estádio com capacidade para 71.500 torcedores.
Em nota conjunta, os clubes destacaram que o projeto de “regeneração urbana do distrito de San Siro” simboliza “um novo capítulo para a cidade de Milão” e reflete a ambição de seus proprietários — o fundo RedBird, no caso do Milan, e fundos geridos pela Oaktree, no Inter — de combinar sucesso esportivo e crescimento sustentável.
A escritura precisava ser assinada antes de 10 de novembro. Nessa data, o segundo anel do San Siro — inaugurado há 70 anos — ganharia status histórico, o que praticamente inviabilizaria sua demolição.
Para o novo complexo, que ocupará cerca de 281.000 m², já foram contratados os escritórios de arquitetura Foster + Partners e Manica. O plano prevê que Milan e Inter atuem na futura arena a partir da temporada 2030-31, coincidindo com os preparativos para a Eurocopa de 2032, que será coorganizada por Itália e Turquia.
O atual San Siro continua na agenda para a cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de Inverno de Milão-Cortina, marcada para fevereiro de 2026. Contudo, a UEFA não considera a estrutura suficientemente moderna para partidas de grandes competições.
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Casa do Milan desde 1926, o estádio passou pela última grande reforma antes da Copa do Mundo de 1990. Segundo o jornal Gazzetta dello Sport, o Ministério Público de Milão avalia abrir um processo por possível manipulação de licitação relacionada à transação.
Com informações de ESPN