Tampa (EUA) – Dezesseis meses depois de ser eliminada na fase de grupos da Copa América 2024 com derrota por 1 a 0 para o Uruguai, a seleção masculina dos Estados Unidos aplicou uma goleada histórica de 5 a 1 sobre o mesmo adversário na noite de terça-feira, em amistoso disputado na Flórida.
O resultado marca a maior diferença de gols dos norte-americanos contra um rival sul-americano – igualando o 4 a 0 contra a Bolívia em 2016 – e empata o recorde de vantagem sobre uma equipe posicionada entre as 15 primeiras do ranking da Fifa. Além disso, a equipe de Mauricio Pochettino chegou a cinco jogos invicta diante de seleções que ocupam o top-40, feito que não ocorria desde 2013.
Como foi o jogo
A pressão dos anfitriões começou cedo. Aos 17 minutos, Sebastian Berhalter cobrou falta curta para Sergiño Dest, recebeu de volta e acertou o ângulo de Cristopher Fiermarin, anotando seu primeiro gol pela seleção. Três minutos depois, Berhalter bateu escanteio na cabeça de Alex Freeman, que marcou o segundo. O próprio Freeman ampliou aos 31, driblando a defesa uruguaia após passe de Auston Trusty.
O quarto gol saiu em linda troca de oito passes concluída por Diego Luna. Nos acréscimos da etapa inicial, Giorgian de Arrascaeta diminuiu para os visitantes com bicicleta plástica. Na metade final, aos 68, Tanner Tessmann fechou a conta de cabeça após cruzamento de Giovanni Reyna.
Grupo alternativo, mesma intensidade
Pochettino escalou um time com média de 14 partidas internacionais e fez nove mudanças em relação à vitória por 2 a 1 sobre o Paraguai, no sábado. Mesmo sem lesionados de peso como Christian Pulisic, Chris Richards, Tim Weah e Tyler Adams, além da ausência de Weston McKennie, a equipe manteve coesão e agressividade.
Capitão na partida, o zagueiro Mark McKenzie destacou a disputa por vagas na Copa do Mundo de 2026: “Temos um grupo faminto por oportunidades. Ninguém quer ficar fora da lista que estreia em 12 de junho, no SoFi Stadium”.
Imagem: espn.com
Berhalter, um dos destaques da noite, resumiu o sentimento: “Todos acreditaram que era possível. Fomos lá e fizemos”.
Da crise à arrancada
A vitória consolida a reação após um início de 2025 turbulento, que incluiu derrotas para Panamá e Canadá na Liga das Nações da Concacaf e tropeços em amistosos contra Turquia e Suíça. Desde então, os EUA emendaram triunfos sobre Japão, Austrália, Paraguai e Uruguai, além de um empate, compondo a série invicta. Para Pochettino, a meta segue clara: “Ser realista e fazer o impossível”.
Agora, a seleção só volta a se reunir em março, na próxima data Fifa, período que o treinador argentino considera decisivo para definir os nomes que disputarão o Mundial.
Com informações de ESPN